sexta-feira, 11 de junho de 2010
Sexo com o ex
Algumas pessoas depois que terminam um relacionamento, mantém o contato com seu ex-parceiro, mesmo já estando namorando outra pessoa. Geralmente o novo namorado não gosta muito dessa situação, já que podem existir muitos fatores que levem a manter esse contato com o ex.
Os relacionamentos são sempre muito complexos e precisam ser compreendidos e analisados de muitos ângulos.
A pessoa amada ocupa na vida da outra, espaços muito significativos que freqüentemente preenchem carências infantis também. Por exemplo, ela pode ter representado uma figura materna de proteção, ou pode ter sido muito fraternal.
Quando uma pessoa decide finalizar uma relação, apesar de ser uma decisão pensada e que tomou com firmeza, existem aspectos inconscientes, não visíveis que ainda continuam muito presentes e provavelmente ainda muito ligados à pessoa que ocupou um lugar tão importante. Talvez a necessidade de proteção que a pessoa lhe oferecia ainda lhe faz falta. Pode existir uma intimidade que ainda não foi desenvolvida com outra pessoa.
Muitas vezes a amizade entre o ex-casal é mantida, pelo fato de ainda existir saudades daqueles sentimentos intensos que a relação evocou na sua época de auge. A vontade de resgatar este sentimento volta em momentos de desânimo, ou de incompreensão do novo parceiro.
De outro ângulo, pode se pensar que às vezes o medo de perder o carinho e a proteção do ex- namorado, apesar de não querer continuar o relacionamento, o fazem querer mantê-lo próximo, e desta forma perpetuando alguns aspectos do relacionamento, mesmo que seja somente através de mensagens e telefonemas.
Geralmente quem mantém esse tipo de relacionamento, quer ser preenchida completamente, quando a namorado não oferece algo que ela tinha no relacionamento passado, a pessoa às vezes pode tentar procurar o ex para tentar preencher os vazios que sente.
• Quando surge o envolvimento com o amigo do ex namorado
• Recaídas - Sexo com o ex
Aí, ao invés de gerar mais amor e admiração, acabam criando um relacionamento baseado no desprezo e até na raiva que pode nascer quando apenas um toma as rédeas da relação.
A colunista e psicóloga Maria Cristina Capobianco lembra que quando duas pessoas casam, ignoram muitos dos processos inconscientes que são despertados por este acontecimento. Os motivos aparentes que levam duas pessoas a juntar as panelas e travesseiros são bem conhecidos - se gostam, querem viver juntas, acham interessante do ponto de vista financeiro, querem constituir uma família e ter filhos. Mas, como lembra Maria Cristina, existem motivações invisíveis mas extremamente determinantes, que conduzem a relação sem que as duas pessoas percebam.
"Desde a infância, vivemos momentos de conflito e frustração que deixam marcas e carências das quais não temos muita consciência. Por não as percebermos, nos levam a fazer escolhas que não favorecem o crescimento, a tranquilidade e os processos vitais", afirma. E, como bem lembra Maria Cristina, a escolha da pessoa amada tem a ver com essa história de vida, cheia de necessidades, carências e desejos. "Espera-se que a pessoa amada possa preencher e aliviar inseguranças que se arrastam desde a infância sem perceber. Nesta pessoa são colocados ideais, expectativas, papéis a serem cumpridos, sem nenhum dos dois terem consciência num primeiro momento".
Ela acha ainda que, na maioria dos relacionamentos, é a mulher quem tenta atender às expectativas do homem e ser aquilo que ela sente que ele quer, passando por cima dela mesma. "Ela acaba apagando suas singularidades, suas características pessoais, seus anseios e desejos e agradar o outro se torna o motivo da sua vida", lamenta.
A psicóloga admite que, para viverem juntas, as pessoas precisam ceder, abrir mão de algumas necessidades e desejos. O problema é que, muitas vezes, neste processo, uma delas acaba abrindo mão por completo da sua identidade, sem perceber, pois sente que se não fizer, o outro pode abandoná-la. "Então constitui-se aquele relacionamento no qual um vive à sombra do outro".
Essa pessoa-sombra acaba delegando ao outro a missão de viver e se ausenta da própria existência. Esquece o que gosta, não resolve nada antes de consultar o marido ou namorado, esquece crenças, gosto musical, se encaixa no universo daquele a quem dedica o amor e se esquece dos amigos e da família também.
É importante levar em conta que um relacionamento é um processo em constante movimento, que pode ser transformado a qualquer momento, incorporando novas formas de existência e convívio. "Se as pessoas são o suficientemente sensíveis, e estão atentas a este processo, podem se dar conta do que acontece e assim tentar mudar o rumo da relação através da conversa, da explicitação dos sentimentos não ditos, mas sentidos ou imaginados", sugere.
Maria Cristina afirma ainda que esse tipo de relacionamento é conhecido como simbiose emocional. "A simbiose causa muito sofrimento quando as pessoas são adultas. Viver à sombra do outro gera muita insatisfação, mas por outro lado, pensar em viver sem a pessoa amada provoca uma sensação de aniquilamento interna muito grande, e a pessoa faz de tudo para tentar manter o relacionamento", explica a dificuldade.
Para fugir disso é preciso levar em conta que as pessoas são diferentes (e prestar atenção nas diferenças), deixar que o outro possa crescer com suas diferenças na relação, perceber e explicitar as próprias carências e expectativas em relação ao outro, sem cobrar.
Numa relação, é necessário ampliar sempre os horizontes, conectar se com seus sentimentos, percepções sutis, intuições e perceber os sinais que mostram rumos mais amplos para a sua vida, mesmo quando não agrade o outro. O crescimento mais importante é o interior, é ele que propiciará novas realizações e, ao mesmo tempo, injetará
Os relacionamentos são sempre muito complexos e precisam ser compreendidos e analisados de muitos ângulos.
A pessoa amada ocupa na vida da outra, espaços muito significativos que freqüentemente preenchem carências infantis também. Por exemplo, ela pode ter representado uma figura materna de proteção, ou pode ter sido muito fraternal.
Quando uma pessoa decide finalizar uma relação, apesar de ser uma decisão pensada e que tomou com firmeza, existem aspectos inconscientes, não visíveis que ainda continuam muito presentes e provavelmente ainda muito ligados à pessoa que ocupou um lugar tão importante. Talvez a necessidade de proteção que a pessoa lhe oferecia ainda lhe faz falta. Pode existir uma intimidade que ainda não foi desenvolvida com outra pessoa.
Muitas vezes a amizade entre o ex-casal é mantida, pelo fato de ainda existir saudades daqueles sentimentos intensos que a relação evocou na sua época de auge. A vontade de resgatar este sentimento volta em momentos de desânimo, ou de incompreensão do novo parceiro.
De outro ângulo, pode se pensar que às vezes o medo de perder o carinho e a proteção do ex- namorado, apesar de não querer continuar o relacionamento, o fazem querer mantê-lo próximo, e desta forma perpetuando alguns aspectos do relacionamento, mesmo que seja somente através de mensagens e telefonemas.
Geralmente quem mantém esse tipo de relacionamento, quer ser preenchida completamente, quando a namorado não oferece algo que ela tinha no relacionamento passado, a pessoa às vezes pode tentar procurar o ex para tentar preencher os vazios que sente.
• Quando surge o envolvimento com o amigo do ex namorado
• Recaídas - Sexo com o ex
Aí, ao invés de gerar mais amor e admiração, acabam criando um relacionamento baseado no desprezo e até na raiva que pode nascer quando apenas um toma as rédeas da relação.
A colunista e psicóloga Maria Cristina Capobianco lembra que quando duas pessoas casam, ignoram muitos dos processos inconscientes que são despertados por este acontecimento. Os motivos aparentes que levam duas pessoas a juntar as panelas e travesseiros são bem conhecidos - se gostam, querem viver juntas, acham interessante do ponto de vista financeiro, querem constituir uma família e ter filhos. Mas, como lembra Maria Cristina, existem motivações invisíveis mas extremamente determinantes, que conduzem a relação sem que as duas pessoas percebam.
"Desde a infância, vivemos momentos de conflito e frustração que deixam marcas e carências das quais não temos muita consciência. Por não as percebermos, nos levam a fazer escolhas que não favorecem o crescimento, a tranquilidade e os processos vitais", afirma. E, como bem lembra Maria Cristina, a escolha da pessoa amada tem a ver com essa história de vida, cheia de necessidades, carências e desejos. "Espera-se que a pessoa amada possa preencher e aliviar inseguranças que se arrastam desde a infância sem perceber. Nesta pessoa são colocados ideais, expectativas, papéis a serem cumpridos, sem nenhum dos dois terem consciência num primeiro momento".
Ela acha ainda que, na maioria dos relacionamentos, é a mulher quem tenta atender às expectativas do homem e ser aquilo que ela sente que ele quer, passando por cima dela mesma. "Ela acaba apagando suas singularidades, suas características pessoais, seus anseios e desejos e agradar o outro se torna o motivo da sua vida", lamenta.
A psicóloga admite que, para viverem juntas, as pessoas precisam ceder, abrir mão de algumas necessidades e desejos. O problema é que, muitas vezes, neste processo, uma delas acaba abrindo mão por completo da sua identidade, sem perceber, pois sente que se não fizer, o outro pode abandoná-la. "Então constitui-se aquele relacionamento no qual um vive à sombra do outro".
Essa pessoa-sombra acaba delegando ao outro a missão de viver e se ausenta da própria existência. Esquece o que gosta, não resolve nada antes de consultar o marido ou namorado, esquece crenças, gosto musical, se encaixa no universo daquele a quem dedica o amor e se esquece dos amigos e da família também.
É importante levar em conta que um relacionamento é um processo em constante movimento, que pode ser transformado a qualquer momento, incorporando novas formas de existência e convívio. "Se as pessoas são o suficientemente sensíveis, e estão atentas a este processo, podem se dar conta do que acontece e assim tentar mudar o rumo da relação através da conversa, da explicitação dos sentimentos não ditos, mas sentidos ou imaginados", sugere.
Maria Cristina afirma ainda que esse tipo de relacionamento é conhecido como simbiose emocional. "A simbiose causa muito sofrimento quando as pessoas são adultas. Viver à sombra do outro gera muita insatisfação, mas por outro lado, pensar em viver sem a pessoa amada provoca uma sensação de aniquilamento interna muito grande, e a pessoa faz de tudo para tentar manter o relacionamento", explica a dificuldade.
Para fugir disso é preciso levar em conta que as pessoas são diferentes (e prestar atenção nas diferenças), deixar que o outro possa crescer com suas diferenças na relação, perceber e explicitar as próprias carências e expectativas em relação ao outro, sem cobrar.
Numa relação, é necessário ampliar sempre os horizontes, conectar se com seus sentimentos, percepções sutis, intuições e perceber os sinais que mostram rumos mais amplos para a sua vida, mesmo quando não agrade o outro. O crescimento mais importante é o interior, é ele que propiciará novas realizações e, ao mesmo tempo, injetará
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