quarta-feira, 14 de julho de 2010

ORAÇÃO









ORA


Quando não entenderes o porquê de tudo isso,
Quando não compreenderes como foi que a situação chegou a esse ponto,
Quando te desesperares da própria vida em função do sofrimento,
Ora.

Quando teu pai abandonar-te, sem dar-te chance de explicar,
Quando tua mãe não tiver misericórdia, julgando-te sem compaixão,
Quando tua esposa acusar-te injustamente, sem que tu sejas culpado,
Ora.

Quando teu marido não mais amar-te,
Quando teus filhos de tua casa forem embora,
Quando teus amigos, sem saber, julgarem-te sem que sejas culpada,
Ora.

Quando tua luta estiver tão grande,
Quando o desespero envolver teu pranto,
Quando a amargura colorir teu rosto,
Quando a solidão tornar-se teu manto,
Ora.

A oração é o começo, ela é o fim também,
Quando não conseguires cantar porque não sentes,
Ou não conseguires ler, porque não podes,
Nada poderá impedir-te de orar ao teu Pai bendito.

Ele, com fidelidade,
Jamais te abandonou;
Mesmo no desespero do teu andar solitário
Ele ao teu lado continuou.
Mesmo quando desististe de ti próprio, Ele não descartou-te
E foi contigo, passo a passo, a guiar-te, a assistir-te.

"Não entendes isto agora" disse Ele,
"Entenderás depois"

Se por erros cometidos, ora e pede perdão.

Se por mágoas infinitas, ora e abandona-as para sempre.

Se por dúvidas sem nexo, ora e esquece-as.

Se por dívidas sem fim, ora e paga-as.

Se por recursos que não tens, ora e pede-os

Se por trabalho que te falta, ora e procura-o


A oração é o remédio,
ela é também o consolo.
A oração consegue ir
onde a dor, a mágoa e o grito não podem.

Grita bem alto e não serás ouvido;
Ora baixinho e o Senhor te escutará.

E quando menos perceberes
Teu problema terá ido,
Teu coração estará tranqüilo
E tua mente clarear-se-á.

Porque quando tu oras ao teu Pai
Ele toma teu fardo para Si
Retira a dor e o peso dos problemas
E devolve-te o fardo leve e suave,
repleto de flocos de esperança
E sementes de felicidade.

Se nunca experimentaste depender só de Deus,
Aproveita tua dor
Aproveita o desespero
E ora.

Wagner Antonio de Araújo

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