segunda-feira, 22 de junho de 2009

PERDAO


"O perdão é um recurso psicológico e social que regula as relações humanas." (John Berecz).

Não perdoar é manter o papel de vítima, que não permite o crescimento. É manter a raiva, mágoa, o rancor, pois mantém uma situação do passado, que influencia o presente e compromete não só o futuro, mas as relações de maneira geral, fazendo com que os laços afetivos que os une enfraqueçam. Geralmente as pessoas com dificuldade de pedir perdão ou perdoar, tendem a ser rígidas, inflexíveis, críticas com o outro e, principalmente, consigo mesmas.

É o perdão que permite que um casamento e que uma amizade tenham continuidade depois de um conflito, ou que as relações de trabalho sobrevivam em meio aos desentendimentos que costumam ocorrer em ambiente profissional.

Jesus nos traz algumas lições práticas para entendermos o perdão:


1) Quem não compreende a dimensão do perdão que Deus concede, nunca aprenderá a perdoar.

2) O que de graça recebemos de graça devemos conceder!

A chave para o verdadeiro perdão é deixar de focalizar o que os outros nos fizeram, e começar então a olhar para aquilo que Deus fez e faz por nós.

3) Quem perdoa coloca as pessoas em primeiro lugar.

É preciso diferenciá-las das coisas ou de suas ações. Os relacionamentos devem estar em primeiro lugar. Não é porque seu filho fez algo que você não gostou que ele não pode mais ser amado!

É justamente aí que ele mais precisa do seu amor, até mesmo para dizer que ele deverá assumir as conseqüências de suas decisões equivocadas.

4) Quem não oferece o perdão torna-se vítima do próprio ódio. Quando não perdoamos, por mais prejuízos que possamos ter, o maior deles é viver mal consigo mesmo e com seus sentimentos. Pior ainda é alguém lhe pedir perdão e por orgulho ou superioridade você negar. Seja humilde, releve. Mas depois que perdoou, olhe para frente sem ficar remoendo o que aconteceu ou voltando ao assunto na primeira discussão.

5) As pessoas que nos amam sofrem quando não conseguimos perdoar, mesmo que não estejam envolvidas na situação. A fragilidade da saúde, o distanciamento, os maus sentimentos cultivados por quem vive preso a uma mágoa causa danos a quem compartilha a vida conosco.

6) O perdão tem seu preço. Quando o rei perdoou o servo, ele abdicou de uma grande soma em dinheiro. Todo perdão exige que alguém tome sobre si algum tipo de prejuízo.

7) O perdão não livra automaticamente das conseqüências. Embora o servo tenha sido perdoado, isso não significa que ele pudesse agir de qualquer modo, nem que o rei voltaria a ser credor novamente. Uma coisa é o perdão, aquele sentimento de estar livre da mágoa que alguém lhe causou, outra é o nível de reconciliação que se permitirá, ou não.


Se eu não posso mudar o que aconteceu...O perdão exige mudança de atitude.

É preciso reformular, ver algo sob uma nova luz. Enquanto continuarmos presos às magoas que nos causam, jamais seremos capazes de superá-las.

A parábola que Jesus contou fornece-nos algumas pistas pelas quais trilhar se desejamos experimentar o perdão libertador:

1. Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu para ser capaz de expressar o que há de errado na situação. Havia uma dívida, este era um fato. O problema é que o servo do rei tomou a pequena dívida em termos pessoais a ponto de agir com extrema ira com o seu devedor, esquecendo-se do perdão maior que recebera há pouco.

2. Comprometa consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O homem achava que se sentiria melhor colocando o devedor na cadeia, fazendo-o sofrer. A vingança não é capaz de produzir alívio. O perdão deve encontrar espaço porque é importante para você.

3. Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O rei ao perdoar o servo não disse que continuaria sendo credor do mesmo.

4. Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça seus sentimentos, foque-os no problema e não nas pessoas. Ao lançar o devedor na cadeia, este ficaria impossibilitado de trabalhar e, portanto, de saldar a dívida. O devedor ficaria preso e o credor continuaria preso aos maus sentimentos que nutria por conta da dívida.


5. Quando você se sentir aflito, aprenda a controlar o estresse. Focalize em Jesus, Ele perdoou você muito mais do que qualquer mágoa que alguém lhe tenha causado, a ponto de entregar-Se à morte de cruz por você.


6. Não espere dos outros, coisas ou ações que elas não escolheram ou não podem dar a você.

Lembre a si mesmo que você pode esperar saúde, amizade e prosperidade e se esforçar para consegui-los. Porém você sofrerá se exigir que essas coisas aconteçam quando você não tem o poder de fazê-las acontecer. O devedor não tinha como pagar seu débito.

Ao invés de focar no perdão recebido há pouco, o homem deixou que sentimentos de ira e avareza dominassem sua vida


.7. Ao invés de escrever a história de suas mágoas, comece reeditando sua vida a partir da experiência libertadora do perdão.

Alguém me feriu, mas pelo amor de Deus, pelo meu amor a mim e pelo amor aos outros, no poder daquele que é Amor, você será capaz de perdoar.

Um bom caminho é começar orando a cada dia para que Deus lhe dê poder para perdoar o seu ofensor.É claro que em algum momento alguém já lhe machucou. Talvez você ainda não tenha conseguido superar tal situação.

O que Jesus ensina por meio desta parábola não é somente que você deve perdoar, mas que Ele lhe dará forças para isso.

O Seu perdão deve ser o ponto de partida para que finalmente você tenha essa experiência libertadora em sua vida. Seus relacionamentos agradecerão!


“Ao causar um dano ao seu inimigo, você se torna inferior a ele; ao se vingar dele, você se iguala a ele; ao perdoá-lo, você se torna superior a ele.” Benjamin Franklin.

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