Uma fase caracterizada por mudanças exige conhecimento de vários assuntos pertinentes à idade. Pretende-se tratar com os adolescentes vários assuntos, mas hoje começaremos com uma questão que tem preocupado muitos adolescentes: É proibido “ficar”? Como ser um adolescente cristão e sobreviver num mundo em que a impiedade é elogiada e a virtude é ridicularizada?
Os adolescentes de hoje são a geração mais bem informada sobre sexo de todos os tempos. Eles têm aulas de educação sexual na escola, lêem a respeito nas revistas e, se restar algum vestígio de dúvida, há sites na internet que respondem a qualquer questão sobre o tema.
Esta é a primeira geração que não conta com a orientação de uma guia socialmente rígido para a sexualidade. Pais e mães estão igualmente confusos, preocupados e tão carentes de parâmetros quanto os próprios filhos. Como conseqüência, surge um verbo que é a sensação do momento atual entre os adolescentes: ficar, que é um encontro de um dia ou uma noite que pode ir de uma sessão de troca de beijos e abraços mais ousados a uma relação sexual descompromissada e passageira.
Em uma enquete realizada pela revista Capricho, a maioria dos adolescentes disse achar normal "ficar" com mais de uma pessoa numa só noite. Uma em cada três meninas não vê problema se houver carícias. A expectativa de quatro em cada dez meninos é que a "ficada" acabe em transa. A maioria dos jovens não vê problema se encontrar o "ficante" com outro par no dia seguinte. Para eles, "ficar" com uma mesma pessoa várias vezes não é sinal de compromisso.
Por tudo isso, a precocidade e a ousadia dos primeiros relacionamentos sexuais têm sido uma característica de hoje. E como a pressão para que iniciem a vida sexual ativa é muito grande através dos colegas, da televisão, do cinema, da imprensa, da propaganda etc., os adolescentes são tentados a ter a falsa idéia de que estar na moda, ser bem aceito pela turma, não ser tachado de careta e crescer significa ter o quanto antes uma relação sexual.
E por incrível que pareça, os jovens evangélicos não estão imunes a esse mal. De acordo com a pesquisa realizada pelo Ministério Lar Cristão entre 1994 e 2000, 52% dos jovens criados na igreja tiveram pelo menos uma relação sexual antes do casamento. Destes, pelo menos a metade não parou e manteve uma vida sexual ativa. A idade média da primeira relação sexual do adolescente evangélico que não se abstém do sexo antes do casamento é de 14 anos, para os rapazes, e 16, para as moças. 17% das meninas evangélicas entre 14 e 18 anos já são mães ou estão grávidas do primeiro filho.
O que não se pode deixar de levar em consideração é que esse comportamento irresponsável traz, inevitavelmente, conseqüências altamente desastrosas: desde 1982, foram diagnosticados mais de 20 mil casos de Aids entre adolescentes; milhares de adolescentes passam pelo sofrimento da gravidez indesejada. Só no Brasil, nasce cerca de 1 milhão de filhos de mães adolescentes.
A situação vivida pelos adolescentes e jovens atuais está diretamente ligada à banalização dos padrões morais ortodoxos contidos na Bíblia. O pecado não é mais visto como algo a ser evitado, mas como algo que dá prazer e deve ser intensamente provado.
Diante de tão grande dilema, como ser um adolescente cristão e sobreviver num mundo em que a impiedade é elogiada e a virtude é ridicularizada?
Primeiro, não tomando a forma do mundo pecaminoso (Romanos 12.2). O cristão é mostrado como uma substância que vai ser moldada mas não pode nunca ser moldada, do jeito que o mundo quer, só de acordo com a vontade de Deus (Isaías 64.8).
Segundo, conscientizando-se que, como cristão, deve viver em um sistema de valores morais e espirituais subordinados à Palavra de Deus, mesmo que venha a ser discriminado pelos colegas ou por quem quer que seja (Efésios 2.1-7; 6.10-18; 1 João 2.14; Filipenses 4.13 e Gálatas 1.10). Não se pode esquecer que a vida do cristão é regida pela compreensão de que ele é de Cristo (1 Coríntios 6.20).
Terceiro, observando atentamente o conteúdo da Palavra de Deus, pondo-o em prática no seu viver diário (Salmo 119.9-11; 1 Tessalonicenses 4.3 e Filipenses 4.8).
E por último, enchendo-se de compaixão por este mundo perdido, anunciando-lhe a Palavra de Deus (Marcos 16.15), porém sem amar o sistema mundano e sem admirá-lo (1 João 2.15-17).
Deus proibiu, com real clareza, o comportamento sexual irresponsável. Não que Ele desejasse privar-nos de alegria e prazer, mas para livrar-nos das conseqüências desastrosas e infecciosas que esse modo de viver acarretaria. Aqueles que desafiarem os mandamentos divinos nesta questão hão de pagar um alto preço pela sua loucura (Hebreus 10.31).REFERÊNCIAS: Revista de Escola Bíblica Dominical – Adolescentes – Ed. Cristã Evangélica e CPAD
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