domingo, 23 de agosto de 2009

Os 8 pecados mortais de uma relação

Os 8 pecados mortais de uma relação

Não há assunto mais complexo e diversificado do que as relações, porque falham e quais os segredos do seu sucesso. Na realidade, esses “segredos” não são tão complicados quanto isso: passar tempo sozinhos, estimar a pessoa com quem partilha a vida, serem íntimos, conversar, partilhar e dar. No entanto, tão importante como as coisas que deve fazer são as coisas que não deve fazer! São oito os pecados mortais de uma relação, aqueles que podem arruinar, por completo, o seu final feliz. Evite-os e concentre-se antes nos “segredos” para assegurar a solidez da sua relação.

Ressentimento. Este é um verdadeiro veneno que, embora comece com algo pequeno e insignificante (“ele não substituiu o rolo de papel higiénico” ou “ela não passou a ferro as minhas camisas quando disse que faria isso ontem”) rapidamente ganha proporções maiores. O ressentimento é perigoso porque passa despercebido – para ambas as partes – durante muito tempo, até começarem a voar palavras zangadas. Trate de resolver esse sentimento mal se aperceba da sua presença, ou seja, elimine-o enquanto ainda estiver pequeno e sem risco de piorar muito a situação. Existem duas boas maneiras de lidar com o ressentimento:
1) respire fundo e deixe passar – aceite a outra pessoa tal e qual ela é, afinal ninguém é perfeito e esquecer-se de levar o lixo um dia não é o fim do mundo; ou
2) se não consegue deixar passar, fale com o seu marido/esposa, abertamente e sem acusações, e tentem encontrar uma solução em conjunto, algo que satisfaça os dois.

Ciúmes. É extremamente difícil controlar os ciúmes, nós sabemos. Parece que surgem do nada, sem quereremos e depressa (a maior parte das vezes depressa de mais!) ficam completamente fora de controlo. No entanto, os ciúmes, tal como o ressentimento, são um vírus fatal para qualquer relação. Um bocadinho de ciúmes nunca fez mal a ninguém (aliás, há quem diga que até faz bem à relação!), só que, infelizmente, muitas vezes os ciúmes atingem níveis assustadores. Quando der por ela, está a controlar a outra pessoa de forma obcecada o que, por sua vez, potencia discussões desnecessárias e um resultado pouco agradável com ambos a acabarem infelizes. Se ser ciumento é um sentimento com o qual se debate frequentemente, em vez de tentar controlar os ciúmes, é importante analisar e tentar lidar com a sua fonte, que normalmente está relacionado com inseguranças. Esse sentimento pode estar directamente ligado à sua infância (se foi abandonado pelo pai ou mãe, por exemplo), com uma relação do seu passado ou até com momentos já vividos na sua actual relação.

Expectativas irrealistas. Todos nós nutrimos ideias e ideais sobre como gostaríamos que o nosso marido ou mulher fosse: gostaríamos que arrumassem sempre a casa de banho depois de a usar, que fossem sempre carinhosos, que pensassem sempre em nós em primeiro lugar, que nos fizessem surpresas, que nos apoiassem incondicionalmente, que tivessem sempre um sorriso no rosto, que trabalhassem mais, que não fossem tão preguiçosos… Podem não ser exactamente estas, mas a verdade é que todos temos expectativas relativamente à nossa cara-metade. Claro que não existe qualquer problema em ter algumas dessas expectativas – devemos esperar que o nosso companheiro seja sempre fiel, por exemplo. Mas, às vezes, sem darmos conta, as nossas expectativas tornam-se irreais, impossíveis de serem satisfeitas. O nosso marido/mulher não é perfeito – ninguém é. Por isso mesmo não podemos esperar que esteja bem-disposto a toda a hora, com energia para dar e vender todos os dias – os nossos estados de espírito flutuam! Não podemos esperar ou exigir que estejam constantemente a pensar em nós, também terão de pensar neles próprios e nas outras pessoas da sua vida. Também não podemos esperar que sejam ou que se comportem como nós, afinal somos todos diferentes! Grandes expectativas levam a grandes frustrações e desilusões, principalmente se essas expectativas não foram comunicadas. Ora, como é que queremos que o nosso parceiro satisfaça as nossas expectativas se nem sequer sabe que existem? A solução é reduzir essas expectativas: aceite a sua mulher/marido por quem é e ame-o incondicionalmente. Relativamente àquelas expectativas mais básicas, não há nada como comunicá-las de forma clara.


Não arranjar tempo para o outro. Este é um problema que afecta não só os casais com filhos, mas também aqueles que se dedicam exaustivamente ao trabalho, aos hobbies, aos amigos, familiares ou outras paixões. Os casais que não passam tempo juntos e sozinhos vão acabar por se distanciar. E embora passar tempo de qualidade juntos com os filhos, outros familiares ou até amigos é muito bom, é igualmente importante que passem tempos sozinhos – só os dois! Não tem tempo? Arranje tempo! Não é tão impossível como parece: contrate um babysitter, saia do trabalho mais cedo uma vez por semana, marquem um jantar fora todos os meses. O essencial é marcarem esse encontro, não tem de ser caro – pode ser uma caminhada, um passeio no jardim da cidade, cozinharem juntos e depois verem um filme – tem é de se concretizar! E nesses momentos, façam mais do que estar juntos, façam um esforço para fazerem aquele click, para reacenderem aquela chama.

Falta de comunicação. Este pecado afecta todos os outros que constam desta lista. Nunca é demais frisar que a comunicação é a base de uma excelente relação. Se tiver algum ressentimento, terá de falar sobre isso antes que o ressentimento atinja proporções dramáticas. Se for ciumento, terá de comunicar, honesta e abertamente, de forma a poder lidar com as suas inseguranças. Se tiver expectativas relativamente ao seu parceiro, terá de as comunicar. Se existir qualquer problema que seja, terão de ser comunicados e resolvidos. E a comunicação não significa apenas falar ou discutir – uma boa comunicação é sincera e livre de tons acusatórios. Comunique aquilo que sente – está magoado, zangado, frustrado, arrependido, assustado, triste, feliz – em vez de criticar. Comunique o desejo de resolver as vossas diferenças, de procurar uma solução que vai ser benéfica para ambos, uma cedência ou acordo, em vez de exigir que a outra pessoa mude por completo. Acima de tudo, não se limite a comunicar exclusivamente os problemas – comunique as coisas boas também.
Não mostrar gratidão. Muitas relações não se vêem ameaçadas por problemas graves como o ressentimento, os ciúmes ou as expectativas irrealistas mas, em contrapartida, também não exprime as coisas boas que o seu marido/mulher possui. Esta falta de gratidão e de reconhecimento é tão grave como os restantes pecados porque, sem isso, o seu parceiro vai sentir que não é valorizado, nem tão pouco levado a sério. Qualquer pessoa quer ser reconhecido por aquilo que faz, por aquilo que é. E embora possa chatear-se com algumas das coisas que o seu parceiro faz, não pode esquecer, nem pôr de parte, todas as coisas boas que ele/ela certamente também faz. Ela cozinha os seus pratos preferidos e leva os seus fatos à lavandaria? Ele arruma a cozinha depois das refeições e apoia-a profissionalmente? Então faça questão de agradecer todos esses gestos de amor com um simples beijo ou abraço. Um pequeno agradecimento pode fazer um mundo de diferença.

Falta de afecto. Pode estar tudo a correr bem, até no campo do reconhecimento mas, se não existir afecto entre duas pessoas, então podemos estar perante um problema bastante sério! No fundo, a relação pode estar a regredir para um estado puramente platónico. Há quem diga que isso pode ser melhor do que ter problemas mais sérios (como o ressentimento ou um parceiro ciumento), mas podemos afirmar com toda a certeza que isso não é bom sinal. O afecto e as demonstrações de carinho são cruciais – todos precisamos, principalmente vindo de quem amamos! Reserve algum tempo todos os dias para dar carinho ao seu marido/mulher: pode ser um abraço forte no fim de um dia de trabalho difícil ou um beijo apaixonado logo pela manhã (esqueça o mau hálito!). Surpreenda-a de costas e beije o seu pescoço. “Curtem” no cinema como os adolescentes. Pouse a mão no pescoço ou nas costas dele enquanto vêem televisão. Andem de mão dada. Sorriem muito.

Teimosia. Não existe a relação perfeita, aquela que não tenha problemas, discussões e zangas. Por isso mesmo, é fundamental aprender a lidar com esses obstáculos e contratempos, de preferência de cabeça fresca – se necessário conceda sempre algum tempo, a si próprio ou ao seu parceiro, para acalmar e resfriar as ideias. Infelizmente, muitas são as pessoas que, por teimosia, se recusam a falar dos problemas, de enfrentar o que está mal. Se calhar queremos estar sempre certos. Se calhar não queremos admitir que erramos. Se calhar não gostamos de pedir desculpa. Se calhar não gostamos de ceder. Mais do que teimosice, é criancice! Cresça e apareça! Da próxima vez que a teimosia se apoderar de si, não deixe! Ponha o seu ego de lado e peça desculpa – não será uma pessoa mais fraca por fazer isso, antes pelo contrário! Aborde o problema de frente e procure uma resposta adequada. Não tenha medo de ser o primeiro a pedir desculpa. Logo a seguir, pode começar a esquecer os momentos mais difíceis e seguir em frente… à busca de coisas bem melhores!



http://estadozen.com/artigos/os-8-pecados-mortais-relacao

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